segunda-feira, 9 de junho de 2008

grupo as profs e o pedagogo

RESPOSTAS DA QUESTÃO 1 (ESTRATÉGIA ADEQUADA?)

GRUPO:
O grupo pensa que sim. Avaliando todo o material e pensando mais especificamente nas aulas 4 e 5 foi possível identificar na diversidade de textos (quadrinhos, imagens, propaganda, letras de música, poesias, desenho animado..) uma prática pedagógica significativa para todos nós. À luz desta prática, vislumbramos mudanças de paradigmas em nós mesmos, educadoras/es, exercendo uma pedagogia que não seja indiferente às diferenças que permeiam a sala de aula no sentido de descobrirmos quem são os nossos alunos, através de todo o seu contexto reconhecendo-os como sujeitos históricos construtores de uma realidade social.
Conhecendo bem os conteúdos, cada aluno/sala de aula/escola é único/a e como diz Celso Antunes (casos, fábulas, anedotas ou inteligências, capacidades, competências. Petrópolis: Vozes, 2003, p.166-167) ...

"Todo professor é um empreiteiro de amanhãs. [...]
Deve ser sempre um intermediário entre a curiosidade e a resposta,
um propositor de enigmas, criador de desafios,
mensageiro de progresso, treinador de esperanças."

Que pode, desta forma garantir boas alternativas para uma aprendizagem e construção de conhecimento significativas.

RESPOSTAS DA QUESTÃO 2 (VÍDEO SOBRE INTERNETÊS)

GRUPO:
Nosso grupo divergiu nesta questão. Um componente acredita ser um absurdo a legenda em "informates" realizada pelo globo pelas seguintes razões: “Estes jovens terão condição de se comunicar em duas línguas? O português oficial e o "informates"? ; Não estaríamos criando imbecis sem capacidade de comunicação, uma vez que comunicação é se comunicar e ser entendido? ; Não estaríamos empobrecendo com isso nossa língua?”.
Os demais componentes acreditam que a iniciativa do canal de TV nada tem a ver com a desvalorização da língua portuguesa ou com o incentivo do uso da linguagem na internet. A emissora apenas observou o uso desta nova linguagem e fez um programa para o publico que já a utiliza. Quanto à linguagem utilizada na internet, acreditamos que usada com moderação em nada atrapalha o conhecimento da língua portuguesa. Afinal pessoas de todos os paises do mundo todo usam abreviações em chats. O que deve haver é um limite para que essa linguagem não ultrapasse as fronteiras da internet e venha a ser utilizada em cadernos escolares ou até mesmo e-mails formais. Cabe ao educador conhecer essa linguagem assim como o universo da internet e aguçar a curiosidade do educando para visitar outros sites, conhecer novas coisas, participar de fóruns e debates, utilizando a linguagem correta.

RESPOSTAS DA QUESTÃO 3 (NOSSA CHARGE)
GRUPO:


Esta charge mostra, num ano eleitoral e de forma simples, a situação da educação no país hoje e nos alerta para o futuro que se apresenta. A postura do aluno, seu olhar e o entorno (papéis jogados) indicam a degradação da educação.
Simultaneamente, o texto nos mostra os envolvidos (EU/ALUNO – TU/FAMÍLIA – ELES/INSTITUIÇÃO) e nos aponta uma crítica ao ensino da Língua Portuguesa representado por esta conjugação de verbos que costuma ser ensinada através da memorização (bem como a tabuada) uma prática comum, mas comprovadamente pouco eficiente não favorecendo avanços, nem emancipação, muito menos MUDANÇAS.

sábado, 7 de junho de 2008

Grupo "Força"

Projeto Interdisciplinar – Ensino da Língua Portuguesa

Grupo Força:

Adrianne Ogêda Guedes

Andréia Reis Vidal

Claudia Franco Bernardes

Gleice Maira Fernandes Alves

Em nosso Caderno de Estudos procurei dar uma breve base teórica para, em seguida, discutirmos a prática pedagógica do Ensino da Língua Portuguesa.

Com isso, nas aulas 4 e 5, tivemos uma discussão mais prática que prolongamos em nosso espaço virtual da web ensino (fórum e chats) e aqui, em nosso blog, para reconhecermos as múltiplas possibilidades de mediação do professor, identificando as estratégias e as alternativas que, ao aproximarem o texto do leitor-ator, permitirão ao professor a realização de uma prática pedagógica significativa.

Estratégia adequada? Não sei...

Nada melhor do que estudar a língua por meio de experiências diversas de contato com a própria. Nesse sentido destaco o Blog em especial, como um instrumento muito interessante para essa disciplina.Os materiais indicados como o vídeo do youtube, as tiras da Mafada da Quino foram excelentes, pois assim refletimos sobre a língua explorando diversas linguagens e sendo provocados a refletirmos sobre questões contemporâneas.

A leitura do caderno foi leve,objetiva e sem excessos, com textos muito significativos de professores conceituados como Sérgio Nogueira e Pasquale Cipro Neto. As aulas 4 e 5, ajudaram a entender, que é possível trabalhar com o ensino fônico e o significativo, de forma que podemos interligá-los ou não,de acordo com a necessidade dos nossos alunos,como também trabalhar a gramática textual, pode ser uma maneira mais prazerosa e criativa para a criança. Destaco também,as dicas expostas nos quadrinhos que acompanham todo o caderno, que enriquece muito nossa aprendizagem, e o projeto interdisciplinar ,que nos fará refletir sobre o ensino da língua portuguesa e as diferentes linguagens, que certamente ampliará nosso conhecimento.A estratégia adotada foi adequada .

Assista ao vídeo abaixo e, depois, teça um comentário, colocando-se a favor ou contra a iniciativa do canal de TV. Utilize argumentos de nosso material para fundamentar-se.

YouTube - Linguagem de Internet

Acredito que linguagem é dinâmica, sofre modificações em função do curso da história, das múltiplas influências de um mundo em constante transformação. Ainda que a norma culta seja uma referência importante, não podemos considerar as diversas expressões e formas de falar como "menores" pois revelam as raízes históricas e culturais dos grupos humanos.
No caso do internetês, não acho "errado" que na internet esse português resumido e ortograficamente diferente da norma culta circule, no entanto não vejo a necessidade de utilizá-lo em filmes e outros suportes pois a idéia de "facilitar" a leitura dos jovens me parece restringir as experiências culturais dos jovens que precisam ser instigados a ampliar seus repertórios.

Acrescento a opinião de alguns jovens sobre tal legenda. A maioria disse, que é a favor do internetês sem excessos na internet, e confessam quanto ao filme que não conseguiram terminar de assistí-lo, pois a legenda dificultou o entendimento da mensagem.Entende-se com isso que há entre os jovens (o público alvo desta linguagem) uma moderação, citada no caderno através do texto do Prof. Sérgio Nogueira " O que é certo ou errado na Língua Portuguesa"(pág. 35).

A fim de enriquecer o nosso blog, encontre mais um vídeo, charge, texto ou relato de práticas de ensino da Língua Portuguesa...

Essa semana saiu no caderno de informática do jornal “O Globo”, informações sobre um projeto muito interessante da jornalista Sonia Rodrigues. Trata-se do projeto "Rio Briografias" cujo objetivo é promover a leitura literária com jovens do ensino médio. Vejam o trecho da reportagem: "Usando a tecnologia como um meio e não como um fim, Sonia desenvolveu o método Autoria, que usa técnicas de internet e jogos de roleplaying para estimular o amor ao texto. Os alunos inscrevem no site - www.autoria.com.br - e devem fazer o resumo de um livro de um desses autores: Machado de Assis, José de Alencar, Manuel Antonio de Almeida, Aluísio de Azevedo ou Graciliano Ramos. Feito o resumo, eles primeiro respondem a perguntas triviais sobre a história escolhida , e depois começam a trabalhar tramas alternativas, através de opões num formulário web”. Abaixo vejam que interessante o relato dos participantes!

http://www.youtube.com/watch?v=bDb5-4jG8sc

Lembre-se de comentar o material que você inserir e, também, o de, pelo menos, mais um grupo!

O Grupo Força identificou neste Projeto "Rio Biografias", o prazer que pode se tornar a construção do conhecimento.Através da leitura , as pessoas transformam conceitos,refletem seus atos,se tornam adeptos da reconstrução , a imaginação aflora a criatividade, ás vezes escondida e a grande maioria nem percebe que, estamos internalizando um enorme conhecimento inerente a nossa língua.
Mais projetos como este deveriam ser implantados pois, mesmo sendo otimista, no Brasil o hábito da leitura ainda é muito pequeno.Claro que isso ocorre devido ao interesse da maioria , que é outra história.
O vídeo "Interatividade e Literatura", nos permite assistir uma aula muito rica em todos os aspectos. Oportuniza a interatividade entre alunos e professores, a conhecerem suas idéias, ideais, pontos de vista, reflexões individuais, troca de saberes, uma comunicação ampla de seus conhecimentos que nasceu pela leitura de um texto que a jornalista intencionalmente recomendou por fazer parte do cotidiano da vida dos estudantes , que no vídeo apresentam-se expondo diversas interpretações sobre a história,suas reflexões, conclusões e a reconstrução com total liberdade, baseado na visão de cada um..
Atitudes como esta e tantas outras , nos incentivam e faz crer que é possível sim,realizar trabalhos sérios,criativos, prazerosos e inteligentes que tenham como objetivo desenvolver a construção dos saberes do indivíduo .E o desenvolvimento destes saberes passa pela comunicação, pelo uso da língua e da utilização das linguagens. E quanto maior o desenvolvimento dos alunos em leitores-autores, maior a chance de oportunidades iguais, de maior equilíbrio e direitos iguais.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

TRABALHO INTERDISCIPLINAR

AVM – INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
FUNDAMENTOS E METODOLOGIA DA LÍNGUA PORTUGUESA
PROFESSORA: MÔNICA MACHADO
GRUPO CABO FRIO 40º: PAULA DUARTE VIANNA
ELIANA HELENA DOS SANTOS DE SOUZA




ESTRATÉGIA ADEQUADA???

Pensamos, que esta seja sim, uma estratégia adequada, uma vez que o professor é o grande facilitador na construção do conhecimento, e compete a ele tornar esta aprendizagem prazerosa e significativa para o aluno.

COMENTÁRIO DO VÍDEO

Por um lado há a necessidade de comunicação rápida, que é útil e funcional por conseguir expressar a mensagem a seu destinatário. Num outro lado há até um “emburrecimento” da juventude que só usam o microcomputador, mas não conseguem expressar suas idéias de maneira convencional, como por exemplo numa redação. Enfim, nenhum extremo é saudável, mas as regras da língua são para serem seguidas e usadas em todas as situações.

INSERÇÃO DE UMA CONTRIBUIÇÃO

Neste espaço, colocamos três versões do Hino Nacional Brasileiro. A primeira é a versão oficial,cujas especificações legais estão a seguir; a segunda traz o Hino com seus versos na ordem direta de sua estrutura sintática; e a terceira versão é uma adaptação livre, ou seja, uma versão simplificada, a fim de facilitar o entendimento dos alunos, principalmente os do ensino fundamental.
HINO NACIONAL BRASILEIRO
Lei n. 5.700 - de 1º de setembro de 1971
Art. 6º: O Hino Nacional é composto da música de Francisco Manoel da Silva e do poema de Joaquim Osório Duque Estrada, de acordo com o que dispõem os Decretos n. 171, de 20 de janeiro de 1890, e n. 15.671, de 6 de setembro de 1922, conforme consta dos Anexos ns. 3, 4, 5, 6 e 7.
Parágrafo único. A marcha batida, de autoria do mestre de música Antão Fernandes, integrará as instrumentações de orquestra e banda, nos casos de execução do Hino Nacional, mencionados no inciso I do artigo 25 desta Lei, devendo ser mantida e adotada a adaptação vocal, em fá maior, do maestro Alberto Nepomuceno.


Hino Nacional Brasileiro


Primeira Versão (oficial)

I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!


II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida", no teu seio, "mais amores".
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glórias no passado.
Mas, se ergues da Justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, à própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!



Segunda Versão (em ordem direta)

I
As margens plácidas do Ipiranga ouviram O brado retumbante de um povo heróico, E o sol da liberdade brilhou Em raios fúgidos, no céu da Pátria, nesse instante.
Se conseguimos conquistar o penhor dessa igualdade
com braço forte,
Ó liberdade ,
nosso peito desafia a própria morte em teu seio!
Salve! Salve!
Ó Pátria amada,
Idolatrada .
Brasil , um raio vívido, um sonho intenso
de amor e de esperança desce à terra,
Se A imagem do Cruzeiro resplandece
em teu céu formoso, risonho e límpido.
És belo, és forte , impávido collosso,
Gigante pela própria natureza,
E o teu futuro espelha esta grandeza .
Ó Pátria amada!
Tu és, Brasil, terra adorada
Entre outras mil .
És mãe gentil dos filhos deste solo ,
Brasil, Patria amada !


II

Ó Brasil, florão da América,
Fulguras, iluminado ao sol do Novo Mundo,
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo.
Teus campos risonhos e lindos têm mais flores
Do que a terra mais garrida;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida mais amores" no teu seio.
Salve! Salve!
Ó Pátria amada,
Idolatrada .
Brasil, o lábaro estrelado que ostentas
seja símbolo de amor eterno ,
E o verde-louro desta flâmula diga
- Paz no futuro e glória no passado .
Mas, se ergues a clava forte da Justiça,
Verás que um filho teu não foge à luta.
Quem te adora nem teme à própria morte.
Ó Pátria amada!
Tu és, Brasil, terra adorada
Entre outras mil .
És mãe gentil dos filhos deste solo ,
Brasil, Patria amada !



Terceira Versão (simplificada)

I

Nas margens tranqüilas do riacho Ipiranga se ouviu
Um grito muito forte de um povo heróico ,
E, nesse instante,
O sol da liberdade brilhou no céu do Brasil,
Com seus raios muito cintilantes.
Nós conseguimos conquistar, com muitas lutas,
A garantia de sermos iguais aos outros.
Ó Liberdade,
Desafiamos a própria morte
Quando estamos junto a ti.
Viva! Viva!
País amado e adorado.
Brasil, um sonho forte, como um raio muito luminoso,
De amor e de esperança desce à terra,
Se a imagem das estrelas do Cruzeiro do Sul,
Brilha em teu céu bonito, risonho e claro.
Pela sua própria natureza és um gigante,
Gigante corajoso, és belo, és forte,
E o teu futuro vai ser grande como tu.
Brasil , Pátria querida,
Entre tantas outras nações,
Tu és a mais adorada.
Brasil, Pátria amada,
És a mãe querida dos filhos
Que nasceram aqui!

II

Localizado para sempre em terras magníficas,
Banhado por um oceano e pela luz de um céu imenso,
Brilhas, Brasil, jóia das Américas,
Iluminado com o sol deste Continente.
Teus campos, risonhos e lindos,
Têm mais flores do que a terra mais enfeitada.
Nossas florestas têm mais vida.
Nossa vida mais amores,
Quando estamos junto de ti.
Viva! Viva!
País amado e adorado.
Brasil, que a tua bandeira estrelada
Seja um símbolo de amor eterno!
E que o verde-amarelo desta bandeira diga:
"Nós temos glórias no passado e no futuro teremos paz".
Mas se levantares a arma forte da justiça,
Verás que um brasileiro não foge de uma luta!
E quem te adora não tem medo nem da morte.
Brasil , Pátria querida,
Entre tantas outras nações,
Tu és a mais adorada.
Brasil, Pátria amada,
És a mãe querida dos filhos
Que nasceram aqui!


E assim, caminhando às vezes pela tortuosa e obscura linguagem parnasiana, segue chamando
carinhosamente o Brasil de "impávido colosso", "florão da América", "mãe gentil de seus filhos",
além de deslumbrar-se com as maravilhas desse berço esplêndido onde o país se acha instalado,
ao som do mar e à luz do céu profundo, chegando mesmo a plagiar Gonçalves Dias que via nossas
vidas com mais amores e nossos campos lindos, risonhos e com mais flores do que a terra mais garrida!

Não faltam também rompantes patrióticos, como "se ergues [ergueres] a clava forte da justiça, verás que um filho teu não foge à luta" e que "quem te adora não teme nem a própria morte".
Não se trata de ingenuidade poética nem compromisso político. O que pulsa nessa letra é o retrato profético de uma nação em seu berço, crente no futuro e buscando o respeito do mundo.

Causa-nos tristeza e frustração ver um hino, com tanto conteúdo e sutilezas, ser interpretado na
maioria das vezes com displicência e descaso por autoridades, estudantes, atletas e tantos outros
participantes de destaque em solenidades oficiais. Sem qualquer escrúpulo de pieguice, será que uma melhor compreensão dessa linguagem de época não nos ajudaria a recuperar um pouco daquele espírito romântico que nos ajudou a construir uma noção de pátria e a trabalhar nossa auto-estima?
Grupo: Recomeço

Integrantes do Grupo:
Alexandra Coelho Sorrentino
Marcia Cristina Lauria de Moraes Monteiro
Marly Carvalho Mattoso
Neuza Pereira Dias
Paulo Célio dos Santos


Estratégia adequada?

De acordo com as aulas 4 e 5 que nos dá a noção da realização de uma prática pedagógica do Ensino da Língua Portuguesa
de forma significativa,
fazendo com que reconheçamos as múltiplas possibilidades de mediação do professor, identificando as estratégias e as alternativas que aproxima, o texto do leitor-ator, percebemos que a estratégia utilizada é a afirmação de um fenômeno presente, mas que ainda precisa ser pesquisado melhor. A língua não é estática e como estabelece Soares ( 1993, apud Machado 2008 )
" (...) o direito que tem as camadas populares de apropriar-se do dialeto de prestígio, e fixar-se como objetivo leva os alunos pertencentes a essas camadas a dominá-lo, não para que se adapte às exigências de uma sociedade que divide e discrimina, mas para a participação e a luta contra as desigualdades sociais". Uma outra situação que poderia ser também exemplificada ocorre com o aprendizado dos cálculos, onde pessoas que apresentam dificuldades em realizar cálculos mentais simples ou ainda têm até dificuldades de registro dos cálculos, só conseguem operacionalizar números com a utilização da máquina de calcular.
Faz-se necessário, a compreensão da dinâmica da língua, pois erros, desvios e vícios de linguagem existem. No Brasil o índice de analfabetismo funcional é alarmante, e a falta de acesso à literatura é ainda prejudicada pelo fator econômico. Desta forma, o fenômeno que já está presente no contexto precisa ser conhecido, pois supor que seja possível ignorá-lo ou mesmo impedi-lo, torna-se mera utopia.
A estratégia da emissora, tirando o fato da conquista de audiência a qualquer custo, sinaliza um fenômeno que precisa ser melhor compreendido, dando-se condições que leitores compreendam e conheçam tantos os aspectos cultos da língua como suas peculiaridades, mas que este saber os conduza a uma visão consciente e cidadã de ser e estar no mundo.

Vale ainda ressaltar que ao adotar uma perspectiva social da linguagem, os PCN’s propõem que:
para além da memorização mecânica de regras gramaticais ou das características de determinado movimento literário, o aluno deve ter meios para ampliar e articular conhecimentos e competências que possam ser mobilizadas nas inúmeras situações de uso da língua com que se depara, na família, entre amigos, na escola, no mundo do trabalho. (p. 55)
Essa visão sócio-interacionista da aprendizagem reconhece que é por meio do engajamento em atividades socialmente compartilhadas que desenvolvemos a metaconsciência e as habilidades lingüísticas. Portanto, a escola deve oferecer ao aluno um contexto em que este possa articular conhecimentos e competências por meio de usos da linguagem em situações específicas, para realizar determinadas atividades sociais.




YouTube - Linguagem de Internet

Link: http://www.youtube.com/results?search_query=Linguagem+de+Internet&search_type
















Após assistirmos ao vídeo, e até ficar com algumas dúvidas de posicionamento, mas pensando profundamente nos estudos da apostila, colocamo-nos parcialmente a favor da iniciativa do canal de tevê. Vejamos: o foco de estudo da nossa apostila é a comunicação e de que maneira a mesma se dá. Viajamos através das várias variantes linguísticas, fossem de ordem econômica, social ou regional, não importa. Vimos que o mais importante é se fazer entender e entender o outro. E, retornando à Linguagem da Internet, ora, o nosso "você" de hoje, certamente soaria como um grande empobrecimento linguístico em décadas passadas, onde deveríamos usar o "vós mercê" e mais remotamente ainda, o "vossa mercê". Logo, o que hoje nos soa como escândalo ou perca da apropriação da língua, em breve e inevitavelmente, será fato cotidiano, queiramos ou não. É o progresso com suas mudanças. Mudanças essas que sempre procuram ir primeiro de encontro ao público jovem, pois era a esse segmento que a mensagem do canal de TV se dirigia em especial.
Mas, não nos esqueçamos que o professor da sociedade do conhecimento deve compreender que além de considerar a linguagem digital, também terá o desafio da ação docente da interconexão destas linguagens, incluindo a linguagem oral e escrita que acompanha historicamente o processo pedagógico de ensinar e aprender, é necessário uma prática pedagógica atualizada, que propicie aos alunos um processo conjunto para aprender de forma criativa, dinâmica, encorajadora e que tenha como essência o diálogo e a descoberta.

Inserção de uma contribuição:

Sintaxe À Vontade
O Teatro Mágico
Composição: Fernando Anitelli
Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simplesum sujeito e sua oração
sua pressa e sua verdade,sua fé
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradiçãoé negar a si mesmo
e negar a si mesmo
pode ser também encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...
tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta tudo numa coisa só?

Comentário:

Nesse texto podemos percebermos que há uma vontade de se livrar das regras gramaticais, mas precisamos entender que a norma culta é o ponto de chegada ao processo de nivelamento e uniformização da língua que não podemos dispensar na escrita, portanto, transforma a cognição humana e a própria oralidade.
A escrita na norma culta inaugura uma situação prática de comunicação e interação radical, onde os discursos podem ser separados das circunstâncias particulares em que foram produzidos, criando condições de agenciamentos mais sincronizados no espaço e no tempo e admitindo-se a necessidade de precisão e exatidão para escrever, ela passa a influenciar as outras formas de expressão, tais como a fala, além da própria organização dos sistemas conceituais e de significação dos seus usuários.

GRUPO EDUCAÇÃO

Grupo Educação:Ana Marta de Seixas Valença, Claudia Paes Leme de Souza, Iaracema Schiavo, Márcia Pes Leme de Sá, Maria de Lourdes Araújo Santos e Rosane Guimarães Claudio


COMENTÁRIO SOBRE O TEXTO


Acreditamos que a teoria é importante, pois fundamenta nossas ações, direciona nosso caminhar. As estratégias e alternativas expostas apresentam excelentes oportunidades para intermediar o trabalho de modo criativo e proveitoso para professor e aluno. Reconstruindo damos oportunidade ao aluno de fazer uma releitura do texto, estimulando-o em sua criatividade, a dar seu próprio significado à leitura que fez e, principalmente, rompemos com a organização linear da escola que limita a criatividade, a descoberta, o crescimento de nossos alunos.

A iniciativa do canal de TV vem comprovar a popularização deste dialeto e nos leva a refletir se este tipo de linguagem está empobrecendo o português ou influenciando na aprendizagem da língua. A seu favor temos uma comunicação rápida e dinâmica, apresentando uma grande criatividade, pois uma língua viva evolui e se transforma e, os adolescentes escrevem como talvez nunca tenham escrito.

Em contrapartida corremos o risco do “empobrecimento da língua”, pois o uso contínuo desse tipo de linguagem pode vir a fixar a grafia errada das palavras. Devemos respeitar esse tipo de linguagem, porém, considerá-la inofensiva o bastante para ser utilizada na mídia é duvidoso. Precisamos saber tirar proveito desse dialeto e a partir de textos, trabalhar com os alunos as diferenças, comparar a linguagem utilizada com o Português coloquial ensinando-lhes as variações linguisticas.


APRESENTANDO UMA TIRINHA...







A personagem Mafalda através dessa charge mostra uma prática de ensino totalmente descontextualizada da realidade. Ela mostra uma escola tradicional, onde não existe aplicação dos conhecimentos ensinados com a realidade do aluno.
Hoje precisamos transformar o estudo da língua portuguesa, o aluno possui um conhecimento armazenado, estamos na era da internet. “Assim, independentemente da importância do conteúdo programático a ser estudado, devemos ter em conta a necessidade de novas abordagens que levem em consideração o perfil destes novos alunos” (Apostila)
Qualquer pessoa pode aprender a escrever. Escrever se aprende escrevendo e reescrevendo. E a aprendizagem torna-se mais eficiente se vivenciada com prazer. Bill Gates afirma: “Os educadores serão facilitadores. Terão de se adaptar às mudanças. Aquele que trouxer energia e criatividade para sua aula prosperará”. (A estrada do futuro)
Sendo assim, a nossa tarefa como educadores é “traze-los para uma aprendizagem prazerosa e uma escola motivadora, que não os ensine somente a decifrar o código para repeti-lo, mas a descobrir a ‘poesia’ que existe por detrás de todas as palavras” (Apostila).
O grupo “Educação” acredita que o objetivo da escola é criar espíritos criativos, capazes de compreender e transformar a sociedade.





YouTube - Nois na Fita - Parte 7 - Leandro Hassum e Marcius Melhem

IAVM – QUINTO PERÍODO
Graduação – Pedagogia
Disciplina: Ensino da Língua Portuguesa: fundamentos e metodologia Professora: Monica Machado Guimarães de Magalhães
Disciplina:Ensino da Língua Portuguesa: fundamentos e metodologia

Grupo: Os Amiguinhos S/A

Integrantes:
André Luiz de Almeida Davila
Carlos Eduardo S. de Souza Silva
Glaucia Barcellos
Lúcia Nogueira Bezerra Ribeiro
Luiza Maria Dellatorre Silva
Tereza Renata Vaz Monteiro Dias

Antes de respodermos às questões, que tal ler o trecho do texto abaixo? A reflexão fica por conta de cada um....

“A literatura assume muitos saberes. Num romance como Robinson Crusoé, há um saber histórico, geográfico, social (colonial), técnico, botânico, antropológico (Robinson passa da natureza à Cultura. Se, por não sei que excesso de socialismo ou de barbárie, todas as nossas disciplinas devessem ser expulsas do ensino, exceto numa, é a disciplina literária que devia ser salva, pois todas as ciências estão presentes no monumento literário”.
Roland Barthes, na sua aula inaugural da Cadeira de Semiologia Literária no Collège de France em 1977.


Respostas:

1. Estratégia adequada? Sim.
Uma das principais características do EAD é que o professor só pode agir como mediador, uma vez que o aprendizado, a pesquisa, o estudo e a reflexão dependem do aluno. Dessa forma, o material foi muito adequado, trazendo textos deliciosos, entendimento sobre a gramática e sua utilização e estratégias para a aplicação na prática do que foi apresentado. Além disso, os chats foram muito eficientes e a interatividade foi uma importante aliada na construção do conhecimento.
Por fim, a aula presencial foi muito bem estruturada, permeando teoria e prática, mostrando, enfim, que ensinar/aprender a nossa língua pode ser saboroso e divertido.

2. Muito interessante a matéria mostrada no vídeo intitulada “a linguagem da internet”, pois o título já diz tudo: esta é uma linguagem criada para comunicação – informal – pela internet. Desse modo, vale ressaltar que esta linguagem já está estabelecida, sendo amplamente utilizada pelas pessoas que navegam pela web, ou seja: ela é uma realidade.
Podemos considerar a linguagem da web como um “neo-barbarismo”, um barbarismo intencional de desvio da grafia da norma culta, em nome de uma agilidade de conversação. Esse barbarismo traz características interessantes, pois o “erro” é intencional, transformando essa linguagem escrita em um código restrito aos que dela participam.
Voltando ao vídeo, o grupo acha interessante a estratégia da emissora em legendar os filmes na linguagem web. Ressaltando-se, entretanto, que se trata de uma estratégia mercadológica, pois a programação destina-se ao público jovem. Somos a favor da utilização dessa linguagem, sim, uma vez que ela atinge o propósito para qual foi criada, que é o de agilizar o processo de comunicação. Utilizá-la não é um atentado à nossa língua e/ou linguagem. Afinal, esse tipo de linguagem –escrita – não corrompe a linguagem falada, pois muitas das palavras utilizadas na linguagem web seriam impronunciáveis.
Cabe, por fim, ressaltar que essa linguagem é eficaz, achamos – como já dissemos – que é válido que o canal de TV se utilize dela, mas é importante – e muito importante – que o ensino da norma culta seja respeitado e valorizado, pois, mesmo na linguagem web, a comunicação só será eficaz se o agente souber utilizar e articular bem a norma culta.

3. O grupo escolheu um vídeo da dupla de humoristas “Nós na Fita”, onde eles brincam com a tautologia. O vídeo pode ser uma forma divertida de apresentar a matéria aos alunos.
Link para o vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=-00dVAvVf88


YouTube - Nois na Fita - Parte 7 - Leandro Hassum e Marcius Melhem


"A anedota é a via principal que leva ao epicentro de um pensamento".
Michel Onfray, filósofo Frances.


O grupo escolheu este vídeo, por entender que ele pode ser um valioso e delicioso instrumento nas aulas de produção de texto.
Através dele, podemos mostrar aos alunos a adequação do uso de termos, palavras e expressões tão comuns no nosso dia a dia, mas, que ao serem usadas textualmente, podem comprometer a idéia principal da mensagem e nada melhor do que despertar a atenção dos alunos de forma divertida, como o vídeo apresenta.
Como sabemos, um dos objetivos da escola é a mediação para a formação de escritores competentes, habilitados a produzir textos organizados, claros e coerentes. Desenvolver a competência lingüística dos alunos para que possam se tornar escritores aptos a produzirem textos apropriados é, sem dúvida, uma das propostas mestras do ensino da língua portuguesa.
Mostrar ao aluno que é a partir do conhecimento da língua que ele poderá melhorar, permanentemente, suas produções e que a linguagem deve ser usada em diferentes tipos de situações sócias, é um objetivo que deve ser perseguido no ensino da língua portuguesa. Para isso, é necessário que se crie um instrumental que de subsídios para que o aluno possa desenvolver a habilidade de verificar se o próprio texto está confuso, ambíguo ou incompleto.
Nesse processo continuo de avaliação, desenvolverão a capacidade de por expressar por escrito idéias, relatos ou opiniões.
O que vivenciamos é que a língua não é só um processo de expressão, mas também de comunicação. Assim, na linguagem informal o indivíduo é livre (de uma certa maneira, pois toda linguagem inteligível é arbitrária) para usá-la. Porém, em situações formais é importante que ele conheça as regras que regem e ordenam esse sistema.
Nesse momento, a escola tem um importante papel a exercer, o de apresentar a língua padrão. Não negando a variedade lingüística existente, mas dando foco no mecanismo, na importância, no uso e na adequação da norma culta.
Não podemos esquecer que, em uma sociedade letrada com a nossa conhecer as regras do mundo lingüístico confere ao individuo um lugar especial nela. E dá a ele um instrumento valioso de expressão e posicionamento.
Assim percebemos que o ensino da norma da língua é essencial e deve propiciar situações onde ele possa operar concretamente. Dessa forma observando semelhanças e diferenças, comparando, relacionando seus elementos em diferentes contextos e situações o aluno vai se apossando da língua, que já é dele, na qual ele opera informalmente. E a partir do conhecimento, dentro dos limites impostos pela própria norma, que ele possa apropriar-se da palavra, como sujeito ativo e fazer pleno uso de sua capacidade comunicativa.
Finalizando, o grupo reforça que a escolha do vídeo, tratando a tautologia de uma forma caricata, é uma ferramenta divertida para a mediação do conhecimento e fixação do saber. Saber, aliás, que em sua etimologia vem de sapientia, saborear. Barthes encerrou a aula inaugural no Collège de France, dizendo que sua experiência em ensinar teria “nenhum poder, um pouco de saber, um pouco de sabedoria, e o máximo de sabor possível”.
Ensinar/aprender pode ser uma experiência saborosa.

Os amiguinhos

Gêneros digitais e outros gêneros

O crescente acesso de pessoas à rede mundial de computadores e o surgimento de vários gêneros digitais têm possibilitado a criação de uma maneira diferente de lidar com a escrita e suas normas gráficas. Este ensaio discute uma questão que vem ocupando grande espaço na mídia em geralA escola deve aproveitar a competência comunicativa dos adolescentes que usam bem os gêneros digitais disponíveis na rede virtual para transformá-los em bons produtores de gêneros textuais valorizados na sala de aula e no mundo real. Para ilustrar como isso pode ser feito na prática, sugiro que o professor de Língua Portuguesa peça que os alunos construam ou tragam um texto produzido em um gênero digital com todas as abreviações e reduções que lhes são peculiares e, depois, o "traduzam" ou o retextualizem. Assim, eles poderão perceber no processo de transformação as diferenças entre os gêneros textuais e a necessidade de grafar as palavras de uma certa maneira, considerando o contexto situacional da produção daquele texto agora retextualizado.A internet tem muito a contribuir na formação intelectual e lingüística dos seus usuários, pois tende a fazer deles vorazes leitores e autores de textos sejam verbais, visuais, sonoros ou hipertextuais, habilidades que a escola e suas milenares ferramentas pedagógicas têm conseguido com muita dificuldade.A prática da leitura se faz presente em nossas vidas desde o momento em que começamos a "compreender" o mundo à nossa volta. No constante desejo de decifrar e interpretar o sentido das coisas que nos cercam, de perceber o mundo sob diversas perspectivas, de relacionar a realidade ficcional com a que vivemos, no contato com um livro, enfim, em todos estes casos estamos, de certa forma, lendo - embora, muitas vezes, não nos demos conta.Toda atividade comunicativa do ser humano em linguagem verbal realiza-se por meio de textos e não de frases isoladas. E, para garantir que uma manifestação verbal seja realmente um texto, há certas características que devem ser respeitadas. É o que se convencionou chamar de textura ou textualidade? Conjunto de elementos que fazem de um texto um texto e não uma seqüência de frases meramente justapostas. Entre esses fatores está a coesão textual, que se relaciona com a unidade formal do texto, com a relação ou conexão entre elementos do texto. Ao se comprometer a coesão textual - elemento não por si só suficiente, mas extremamente necessário -, a textualidade fica prejudicada e, portanto, os limites entre texto e seqüência aleatória de frases podem não ficar bem definidos.Uma análise de produções textuais dos mais variados gêneros e fontes evidenciará que um dos grandes problemas que prejudicam a unidade formal do texto e, conseqüentemente, a coesão é a frase fragmentada, construção que não apresenta partes indispensáveis da oração ou do período. Em contrapartida, há autores consagrados que fazem da fragmentação um rico recurso estilístico e, portanto, intencional - para suas produções. A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as proposições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística, tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de imediato a coerência de um discurso. A competência linguística combina-se com a competência textual para possibilitar certas operações simples ou complexas da escrita literária ou não literária: um resumo, uma paráfrase, uma dissertação a partir de um tema dado, um comentário a um texto literário, etc. Coerência e coesão são fenómenos distintos porque podem ocorrer numa sequência coesiva de factos isolados que, combinados entre si, não têm condições para formar um texto. A coesão não é uma condição necessária e suficiente para constituir um texto. No exemplo:A Joana não estuda nesta Escola.Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade.Esta Escola tem um jardim.A Escola não tem laboratório de línguas.O termo lexical “Escola” é comum a todas as frases e o nome “Joana” está pronominalizado, contudo, tal não é suficiente para formar um texto, uma vez que não possuímos as relações de sentido que unificam a sequência, apesar da coesão individual das frases encadeadas (mas divorciadas semanticamente). Pode ocorrer um texto sem coesão interna, mas a sua textualidade não deixa de se manifestar ao nível da coerência.

Seja o seguinte exemplo:
Paulo estuda Inglês.
A Elisa vai todas as tardes trabalhar no Instituto.
A Sandra teve 16 valores no teste de Matemática.
Todos os meus filhos são estudiosos.

Cotidiano - Evolussaum

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Projeto Língua Portuguesa


Grupo: Sonho

Integrantes do Grupo:

Bárbara Leal

Bianca Cristina Araujo de Almeida

Carlos Victor de Oliveira

Marcos Lins

Sonia Maria Andrade Gomes

Valeria Nunes dos Santos

Em nosso caderno de Estudos procurei dar uma breve base teórica para, em seguida, discutirmos a prática pedagógica do Ensino da Língua Portuguesa.

Com isso, nas aulas 4 e 5, tivemos uma discussão mais prática que prolongamos em nosso espaço virtual da web ensino (fórum e chats) e aqui, em nosso blog, para reconhecermos as múltiplas possibilidades de mediação do professor, identificando as estratégias e as alternativas que, ao aproximarem o texto do leitor-ator , permitirão ao professor a realização de uma prática pedagógica significativa.

- Estratégia adequada?

- Pensamos que sim, as múltiplas estratégias de práticas de ensino da língua portuguesa, enriquecem a aprendizagem do aluno, tornando a aquisição de conhecimento mais prazerosa. Cabe ao professor, o papel de mediador das diversas possibilidades de atuação na construção do conhecimento.

- A Ciranda de Livros, O Reconto de Histórias, A Biblioteca Volante, A Produção de Textos e Atividades de Expressão Corporal, jogos (dominó ortográfico, fotografias, charges, quadrinhos), teatro(dramatização, fantoches), músicas, são algumas das diversas práticas que podem ser utilizadas para aprimorar a aprendizagem.

- Linguagem de Internet- YouTUBE

A Internet criou uma nova linguagem usada por milhares de pessoas, principalmente pré – adolescentes e jovens. Este dialeto se popularizou e chegou à tevê.

A rede Telecine estreou uma sessão com filmes legendados em "internetês": é a faixa Cyber Movie. A nova sessão atraiu a ira de vários telespectadores que não aprovaram a nova linguagem. Mesmo assim, a rede já garantiu a continuidade da programação.

Assista ao vídeo abaixo e, depois, teça um comentário, colocando-se a favor ou contra a iniciativa do canal de TV. Utilize argumentos de nosso material para fundamentar-se.

Comentário:

- Segundo Marilena Chauí no livro “Convite à Filosofia na pág.140”, a linguagem refere-se ao mundo através das significações, está relacionada com sentidos já existentes e cria novos sentidos, exprime e descobre significados e tem o poder de suscitar significações.

- Pensamos que a linguagem utilizada na internet é necessária para agilizar o diálogo virtual, mas consideramos que a utilização desta linguagem na TV ou em Filmes pode ser perigosa, pois caracteriza o empobrecimento da língua portuguesa, acarretando conflito no ensino aprendizado das crianças, que provavelmente, ainda não apresentam discernimento do momento adequado para a sua utilização.

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A intertextualidade
e o ensino de Língua Portuguesa

Renata da Silva de Barcellos
(C.E.Ten. Otavio Pinheiro)

O texto e o ensino de Língua Portuguesa

Primeiramente, faz-se necessário dizer que, neste trabalho, texto é entendido como “toda unidade de produção de linguagem situada, acabada e auto-suficiente do ponto de vista da ação ou da comunicação” (Bronckart, 1999). O texto é o elemento básico com que devemos trabalhar no processo de ensino de qualquer disciplina. É através do texto que o usuário da língua desenvolve a sua capacidade de organizar o pensamento/conhecimento e de transmitir idéias, informações, opiniões em situações comunicativas.

Pode-se dizer assim que, sobretudo, no ensino de língua portuguesa, os constantes desafios encontrados pelo professor são: compreender o texto como um produto histórico-social, relacioná-lo a outros textos já lidos e/ou ouvidos e admitir a multiplicidade de leituras por ele suscitadas.

Tal entendimento do que seja texto evidencia a necessidade de trabalhar, em sala de aula, com vários gêneros textuais, usados em diferentes situações e com objetivos diversos: construir e desconstruir esses textos, ressaltando os efeitos provocados pelas alterações, criar intertextos, verificar o gênero textual e modificá-lo etc. Portanto, para realizar esse tipo de trabalho com a língua portuguesa, o professor precisa ter consciência da diferença entre saber usar uma língua, adequando-a convenientemente a contextos e saber analisá-la, tendo conhecimento de conceitos sobre sua estrutura e funcionamento e a nomenclatura gramatical pertinente.

Atualmente, a escola enfatiza o trabalho da leitura e da produção de textos, tentando equilibrá-lo com a análise das estruturas da língua e com seu uso. Dessa forma, através da interação com vários gêneros textuais e o intertexto presente neles, o professor pode investigar a experiência anterior do aluno enquanto leitor de palavras e de mundo e seguir pistas deixadas pelo autor no texto para considerar também o implícito, inferindo, assim as intenções do autor.

Então, o aluno, por sua vez, desempenha ora o papel de leitor, ora o papel de produtor de textos, ou seja, aquele que pode ser entendido pelos textos que produz e que o constituem como ser humano.

A intertextualidade

O processo ensino/aprendizagem de Língua Portuguesa deve basear-se assim em propostas interativas a fim de promover o desenvolvimento do indivíduo numa dimensão integral. Portanto, nessa perspectiva, o trabalho do professor é, dentre outros, desenvolver no aluno a capacidade de identificar um intertexto. . A intertextualidade é “um fenômeno constitutivo da produção do sentido e pode-se dar entre textos expressos por diferentes linguagens” (Silva, 2002). O professor deve, então, investir na idéia de que todo texto é o resultado de outros textos. Isso significa dizer que não são “puros”, pois a palavra é dialógica. Quando se diz algo num texto, é dito em resposta a outro algo que já foi dito em outros textos. Dessa forma, um texto é sempre oriundo de outros textos orais ou escritos. Por isso, é imprescindível que o professor leve o aluno a perceber isso.

Assim, a utilização da intertextualidade deve servir para o professor não só conscientizar os alunos quanto à existência desse recurso como também utilizar um modo mais criativo de verificar a capacidade dos alunos de relacionarem textos.

A intertextualidade ocorre em diversas áreas do conhecimento. Eis abaixo algumas delas:

A literatura: por exemplo, entre Casimiro de Abreu “Meus oito anos” e Oswald de Andrade “Meus oito anos”. Aquele foi escrito no século XIX e este foi escrito no século XX. Portanto, o 2 texto cita o 1, estabelecendo com ele uma relação intertextual.

Meus oito anos Oh! Que saudade que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais Que amor, que sonhos, que flores Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras Debaixo dos laranjas! Casimiro de Abreu

Meus oito anos Oh! Que saudade que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais Naquele quintal de terra Da rua São Antônio Debaixo da bananeira Sem nenhum laranjais! Oswald Andrade














A pintura: o quadro do pintor barroco italiano Caravaggio e a fotografia da americana Cindy Sherman, na qual quem posa é ela mesma. O quadro de Caravaggio foi pintado no final do século XVI, já o trabalho fotográfico de Cindy Sherman foi produzido quase quatrocentos anos depois do quadro. Na foto, ela recria o mesmo ambiente e a mesma atmosfera sensual da pintura, reunindo um conjunto de elementos: a coroa de flores na cabeça, o contraste entre claro e o escuro, a sensualidade do ombro nu etc. A foto de Sherman é uma recriação do quadro de Caravaggio. Aquela, explícita e intencionalmente, cita este ao manter quase todos os elementos do quadro original.

O jornalismo: - a publicidade - um dos anúncios do Bom Bril em que o ator se veste e se posiciona como se fosse a Mona Lisa de Da Vinci e cujo enunciado-slogan é “Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima” Esse enunciado sugere ao leitor que o produto anunciado deixa a roupa bem macia e perfumada, ou seja, uma verdadeira obra-prima (se referindo ao quadro de Da Vinci).

Quanto à intertextualidade na publicidade, pode-se dizer que ela assume a função não só de persuadir o leitor como também de difundir a cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, escultura, literatura etc). Assim, quando há a utilização deste recurso, boa parte do efeito de uma propaganda ou do título de uma reportagem é proveniente da referência feita a textos pré-existentes. Esses textos ora são retomados de forma direta, ora de forma indireta, levando o destinatário a reconhecer no enunciado o texto citado. (Portanto, segundo Almeida, pode tratar-se da citação tanto de um enunciado cuja autoria é reconhecida (Os documentos são “imexíveis) usando o neologismo criado pelo ministro do trabalho Magri “imexível”); quanto de um enunciado anônimo pertencente ao patrimônio social (um político) diz: “Se Lincoln fosse vivo, ele estaria rolando no túmulo”, fazendo alusão a este enunciado “Fulano deve estar rolando no túmulo” cujo valor é de descontentamento.

Intertextualidade
uma proposta de classificação

Apresentaremos a seguir uma proposta de classificação de intertextos com base no corpus selecionado a fim de trabalhá-lo em sala de aula de Português e de Literatura.

Clichê: é o enunciado que se transformou em uma unidade lingüística estereotipada por ser muito proferido pelas pessoas. Num jornal sobre esportes foi criada uma charge com o enunciado: “Por trás de todo grande time há um grande treinador”. Tal enunciado remete a outro pertencente ao patrimônio social “Por trás de todo grande homem há uma grande mulher”. O enunciado do jornal, na época, pretendia elogiar a conduta do treinador pelo fato do time Vasco ter ganhado o campeonato.

Outro exemplo destacado foi o da publicidade do Sesi a respeito de um concurso de empresas sobre a qualidade no trabalho. O slogan da publicidade era: “Se o trabalho dignifica o homem, o trabalho em equipe o torna um vencedor”. Observa-se que a partir de um clichê “O trabalho dignifica o homem”, utilizado numa estrutura com valor condicional “Se o trabalho...”, ressalta-se em seguida a importância do trabalho em equipe “...o trabalho em equipe o torna um vencedor”.

Proverbial: é um enunciado popular que expressa de forma sucinta uma mensagem. O título de uma reportagem sobre funcionários e ações trabalhistas: “Depois do suor, o desamparo” que remete ao provérbio “Depois da tempestade vem a bonança”. Sendo que ao contrário desse (depois dos fatos negativos vem o positivo), o título da reportagem sugere que depois de todo esforço “suor”, os funcionários não obtiveram o que almejavam: o reconhecimento. Foram vítimas do desemprego “desamparo”.

Palavrão: é o enunciado que apresenta uma palavra grosseira ou obscena. O jornalista Agamenon, responsável por uma matéria do Segundo Caderno do jornal O Dia, cuja característica é o humor, nomeou uma de suas matérias de Cuba se Fidel. No mesmo, observa-se a alusão ao palavrão “se foder” e um jogo entre este e o nome do presidente de Cuba, Fidel Castro, por causa da semelhança fonética “Fidel e fodeu”.

Bíblico: quando o enunciado menciona uma passagem da Bíblia. O título de uma reportagem sobre o turismo na Ilha Grande “A fé move turistas nas trilhas da Ilha Grande” se referindo à passagem bíblica que diz: “A fé move montanha”.

Literário: quando o enunciado se refere a verso(s), a passagem (ns) ou a título (s) de obra.

- Exemplo de título de obra: A publicidade da marca Ceramidas usa como slogan o seguinte enunciado: “Dona flor e seus dois produtos”, que, por sua vez, se reporta a uma das obras de Jorge Amado intitulada Dona flor e seus dois maridos. Observa-se assim que na publicidade Dona Flor é representada pela marca Ceramidas e os dois produtos pelo xampu e pelo condicionador.

Uma matéria da revista Isto é intitulada: “E o vento levou” sobre produtos de cabelo é o título de uma obra de Margaret Mitchell. Essa matéria mostra como os produtos mencionados deixam os cabelos leves e soltos.

- Exemplo de verso: O título de uma reportagem: “Infinito, mas enquanto durou” se referindo ao verso de Vinícius de Moraes “que seja infinito enquanto dure” que, por sua vez, faz alusão ao pensamento de Sofocleto: “O amor é eterno enquanto dura”.

Musical: quando a letra de uma música se reporta a outra letra já existente. Num trecho do rap Sem saúde de Gabriel O Pensador, o compositor diz: “... me cansei de lero-lero / dá licença mas eu vou sair do sério...” mencionando uma das músicas de Rita Lee.

Comentário:

O artigo que escolhemos revela-se extremamente interessante para o professor de Português por tratar da idéia de textos serem criados, a partir de outros textos e como usá-los para compor uma instigante aula e conseguir que nossos alunos possam refletir que um texto dialoga com outro texto.

Observa-se que tudo que ouvimos ou lemos nos remete a algo previamente “escrito, dito, lido, pintado, cantado,....

As obras de caráter científico remetem explicitamente a autores reconhecidos, garantindo, assim, a veracidade das informações. Nossas conversas são repletas de alusões a inúmeras considerações armazenadas em nossas mentes. O jornal traz referências já supostamente conhecidas pelo leitor. A leitura de um romance, de um conto, novela, enfim, de qualquer obra literária, nos aponta para outras obras, muitas vezes de forma implícita.
A nossa compreensão de textos (considerados aqui da forma mais abrangente) muito dependerá da nossa experiência de vida, das nossas leituras.

Determinadas obras só se revelam através do conhecimento de outras. Ao visitar um museu, por exemplo, o nosso conhecimento prévio muito nos auxilia ao nos depararmos com certas obras.

Acreditamos então que quanto mais expusermos nossos alunos aos diferentes tipos de textos, estaremos desenvolvendo a capacidade destes de compreender e se aventurar no mundo da leitura. O professor de Português tem todos os instrumentos necessários para motivar seus alunos nesta jornada. A compreensão da intertextualidade é um bom começo. E já que clichê também vale: “Todo caminho leva a Roma, os textos nos levam ao mundo todo.”

Ao apresentar a leitura de imagens, é imprescindível que se perceba os “detalhes” e de que maneira elas dialogam entre si.

Lygia Bojunga Nunes
LIVRO: a troca

Prá mim, livro é vida; desde muito pequena os livros me deram casa e comida.
Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé fazia parede; deitado, fazia degrau de escada;
inclinado, encostava num outro e fazia telhado.
E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro prá brincar de morar em livro.
De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar prás paredes).
Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.
Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça.
Mas fui pegando intimidade com as palavras.
E quanto mais íntimas a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas.
Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.
Todo dia a minha imaginação comia, comia e comia;
e de barriga assim cheia me levava prá morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu,
era só escolher e pronto, o livro me dava.
Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que
- no meu jeito de ver as coisas -
é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.
Mas como a gente tem mania de sempre querer mais,
eu cismei de um dia alargar a troca: comecei a fabricar tijolo prá - em algum lugar -
uma criança juntar com outros e levatar a casa onde ela vai morar.