sexta-feira, 5 de junho de 2009

A máquina somos nós

Comentando o filme - WEB 2.0: A máquina somos nós, de Michael Wesch. >> Vídeo em português:

Marcelo Tas, um nome de muito respeito na mídia porque revolucionou a forma de se fazer jornalismo ainda nos anos 80, tenta explicar o que é a WEB 2.0 - http://www.youtube.com/watch?v=jxRTdFyjQ8o&feature=related. Em seu excelente programa CQC na rede Bandeirantes dá um show ao vivo e de interatividade, além disso os três apresentadores, e alguns colaboradores – todos humoristas, jornalistas e artistas de stand up show já com história para contar - ficam no ar quase 24 horas por dia através de ferramentas como Twitter, Orkut, FaceBook, MSN, blogs pessoais e rede celular, entre outros, trocando informações, piadas e considerações a respeito de tudo que está acontecendo. Este é apenas um exemplo, humorado, do que é a revolução ou evolução (?) da rede internacional de computadores. Mas, também podemos chamar de democracia da informação, se olharmos pelos mesmos olhos otimistas e humorados como de Marcelo. E como ele mesmo cita, a rede possibilita que a informação agora não venha apenas das grandes agencias de notícias, mas de uma vila na Coréia ou de uma comunidade no Alto Negro no Amazonas. O tão comentado quarto poder da mídia televisiva que se sustentou até os anos 90, está esvaziando-se. Ainda não podemos dizer que os Jornais Nacionais da vida ainda não tenha um poder absurdo de criar verdades e modelar consciências, mas algo está mudando, ou pelo menos sendo distribuído. O poder da Informação, que hoje não está e cada vez mais não ficará, nas mãos de poucos. Mas em uma gama de blogueiros, twitteiros, orkuteiros, e ainda outros caminhos a serem inventados. O quarto poder, de certa forma histórica, está recebendo uma resposta da sociedade através da tecnologia, da necessidade humana de se comunicar, de dizer o que pensa, o que vê e o que sonha. Na rede encontra-se de tudo, conteúdos dos mais diversos, a questão é como utiliza-los, como separar o joio do trigo nessa imensidão de informação. A máquina somos nós diz o filme. Verdade. Geramos os conteúdos e fazemos as buscas, as trocas, as pontes, as redes e sub-redes de informações e relacionamentos. Então também haveremos de utilizar o discernimento, razão e sensatez, de novo. Mas isso só o tempo trará, por hora estamos celebrando, festejando e falando aos quatro cantos do planeta. E que venha, a já anunciada, WEB 3.0!


Quanto ao projeto de se trabalhar com um blog numa disciplina da “Graduação em Pedagogia”?
Para toda essa “revolução”que observamos na sociedade, junto com o desconforto contemporâneo – e não vamos esquecer dele porque nem tudo são flores e ainda temos questões como a social e ambiental que precisam ser enfrentadas e a rede participa dessa solução, troca e disseminação de informação e idéias. Observamos e não há a mínima possibilidade de simplesmente ficar de fora, principalmente se falamos em Educação. Mais ainda se falamos [e como falamos!] em Língua Portuguesa [que é a nossa, mas são todas!]. Apresentar, estimular, ensinar, exercitar o uso de um blog e da liberdade de expressão que essa ferramenta de comunicação traz é um belo projeto, que poderia ser ampliado para desde o inicio o curso de Pedagogia. É lógico que para isso teríamos a necessidade de um alinhamento no entendimento e uso da internet, dado que nem todos possuem o mesmo nível de uso periódico e intimidades com as ferramentas relacionadas.

Um comentário:

Lux disse...

revisando o português: Ainda não podemos dizer que os Jornais Nacionais da vida ainda não tenha um poder absurdo de criar verdades e modelar consciências, mas ALGO está mudando, ou pelo menos sendo distribuído.
[lucia]